domingo, 23 de maio de 2010

Thúlio Ancestral


Thúlio Nascimento vai em busca da sua ancestralidade, a partir da memória do seu avô, Nivaldo.

Vídeo em:
http://www.youtube.com/watch?v=TszACSVaz_o&feature=channel

terça-feira, 18 de maio de 2010

"Festa da Conceição"





Todos os anos, no mês de dezembro, o Morro da Conceição, no Recife, recebe pessoas dos mais diferentes lugares para pagar promessas e agradecer por bençãos. É a Festa de Nossa Sra. da Conceição, que no sincretismo religioso tornou-se a representação imagética de Iemanjá, estrategicamente concebida pelo povo negro para manter seu culto africano no Brasil. Fé, sincretismo, comércio, África-Europa, L3 Brasil.

Fotos e texto: Felipe Peres Calheiros (2007)

segunda-feira, 17 de maio de 2010

domingo, 16 de maio de 2010

"Diáspora e Banzo" - por Ana Lira









Hoje fui procurar o significado de diáspora, na versão digital de um dicionário famoso, e descobri que a palavra não está listada nele. Achei, no mínimo, curioso que uma palavra que fala tanto da história humana não fosse encontrada no referido livro. Fiquei pensando sobre o significado das coisas que não são ditas, que ficam nas entrelinhas, em um universo que acaba sendo pouco compreensível para a maioria de nós.

Diáspora significa deslocamento incentivado ou forçado de um povo ou etnia para locais diferentes do seu ambiente de origem, provocando a separação desse grupo. É um movimento de mudança que sempre provoca questionamentos sobre pertencimento e identidade individual e coletiva. Durante o período da escravidão no Brasil, em que vários negros foram retirados de suas terras e mandados para cá em navios, o sentimento mais forte associado a essa quebra era chamado de banzo, ou seja, “uma saudade ou falta muito dolorosa de seu lugar de origem”. O banzo em si não tem uma tradução específica, mas ele pode chegar próximo de palavras como nostalgia, melancolia, desânimo, abatimento e tristeza.

A essa altura do texto, o leitor deve estar se perguntando onde eu quero chegar fazendo toda essa introdução. É o seguinte: no carnaval deste ano, eu fui convidada por um grupo de amigos para visitar o carnaval de Nazaré da Mata e, se possível, fotografar junto com eles. As pessoas falavam maravilhas do encontro dos Maracatus Rurais, da beleza das cores, do envolvimento com a cidade e da experiência incrível de estar em um dos pólos culturais mais expressivos do Estado.

O que não está dito na empolgação e nem nos cartazes coloridos de divulgação publicitária é o que eu vi nos olhos e rostos daqueles personagens que cruzavam conosco pelas ruas de Nazaré: tristeza, cansaço e uma certa desilusão. Expressões que ficam escondidas nas entrelinhas das pesadas mantas, dos óculos escuros, das tintas no rosto, das cabeleiras brilhantes e nas cores hipnóticas que se manifestam no momento da apresentação.

Fiz algumas fotos, mas em muitos momentos andei sozinha pela cidade, me sentindo inquieta com o que via. Poucos dias depois encontrei com outros amigos, que pela primeira vez também estiveram no encontro e todos comentaram a mesma coisa: é tudo tão lindo e colorido, mas os brincantes estão tristes. Os brincantes estão tristes. E os mestres sobem ao palco para cantar suas loas e elogiar os políticos municipais e estaduais. Agradecer a um apoio que vem de pingado, que não garante os direitos básicos daquele povo e ainda estatiza e explora o seu legado cultural.

Ao longo da história da região, esse cenário provocou a busca das pessoas por melhores condições de vida, desagregando famílias e comunidades. Por outro lado, trouxeram moradores de outras cidades, que em busca de retorno financeiro se deslocam para a região no período das colheitas de cana-de-açúcar. Nas entrelinhas dessas migrações, se desenvolve a cultura dos maracatus rurais que, ao longo do tempo, foi se transformando e lutando para não ser engessada por alguns tipos de gestões públicas, que as transformam em bandeiras de campanha turística, em uma relação de troca que talvez beneficie mais quem está fora.

É possível que isso explique os rostos tristes, o cansaço e os olhares de desalento. A diáspora e o banzo em traduções renovadas de um processo de escravidão que não é afirmado, mas se manifesta na maneira de tratar o outro. Quando se pega uma cultura centenária, como a dos maracatus rurais, a confina em uma espécie de sambódromo montado na praça pública, em frente da casa devidamente adornada de tendas vermelhas do administrador municipal, e se espera que aqueles canavieiros de olhares melancólicos se transformem em guerreiros entusiasmados e encham os olhos dos gestores e seus convidados.

Este é um lado menos leve da narrativa festiva, eu sei, mas é uma inquietação que eu queria dividir com os leitores deste projeto. O que torna tudo mais inquietante é que a situação está tão naturalizada que desafio diário de quem deseja um outro cenário para a região é ultrapassar a cegueira provocada pela explosão efêmera de cores e desencadear ações internas e externas que resultem em mudanças efetiva das condições de vida da população da zona da mata e da relação que se estabelece com essa cultura. Se essa discussão puder contribuir um pouco vai ser muito bom.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

"Odé" - Grupo Bongar

Registro do lançamento do novo CD "Chão Batido, Côco Pisado" do Grupo Bongar, na Livraria Cultura, Recife, em 08 de maio de 2010. O som do L3 Brasil, o culto do Orixá Odé.
Música: Guitinho da Xambá.
Imagens: Felipe Peres Calheiros.


segunda-feira, 10 de maio de 2010

"Até Onde a Vista Alcança" - Projeção fotográfica

Extra do DVD "Até Onde a Vista Alcança" com as fotos da viagem da Comunidade Quilombola do Sambaquim e Riachão do Sambaquim para o primeiro contato com o mar. Músicas de Joaquim Izidro e Publius, Fotos de Mateus Sá e Felipe Peres calheiros, Edição de Paulo Sano e Rafael Travassos.

Parte 1

Parte2

sábado, 8 de maio de 2010

Grupo Bongar - O côco da Xambá

O Bongar é composto por seis jovens, integrantes do terreiro Xambá do Quilombo do Portão do Gelo, em Olinda. O grupo foi fundado em 2001, com o propósito de levar aos palcos a tradicional festa do Coco da Xambá, que se realiza na comunidade há mais de 40 anos, no dia 29 de junho. O grupo Bongar tem um trabalho voltado para preservação e divulgação da cultura pernambucana. A formação musical dos integrantes tem origem no universo popular, especificamente da comunidade religiosa Xambá. O Bongar mostra em suas apresentações toda a musicalidade do Coco da Xambá, uma vertente desse ritmo tão presente no Nordeste do Brasil, além de ciranda, maracatu, candomblé, entre outros ritmos da cultura de raízes. O Bongar também realiza oficinas de percussão e dança popular, confecção de instrumentos, aulas-espetáculos e palestras. O público, através do show do Bongar terá a oportunidade de conhecer, não só a música e a dança deste coco tão peculiar, mas compreender a formação histórica e cultural desta Nação. O Bongar tem uma musicalidade muito forte de diversas influências musicais, vivenciadas nos cultos afro-brasileiros, principalmente da linhagem Xambá. Os integrantes do grupo herdaram toda essa musicalidade desde a infância, ouvindo os mais velhos e aprendendo com eles os toques, as loas e as danças, durante as festas da Casa Xambá.

http://www.myspace.com/grupobongar

L3ers Brasil - Auto-imagens


O espírito do L3 em nossos lares, em nossas vidas.
Vamos em busca do caminho da volta e da permanência.






Fotos - Karine Mirelle






Fotos - Thúlio Nascimento






Fotos - Felipe Peres Calheiros

quinta-feira, 6 de maio de 2010

"Viva São João" - Seu Ulysses - Quilombo do Sambaquim

Seu Ulysses do Quilombo do Sambaquim (Panelas-PE) canta para a equipe das gravações de "Até Onde a Vista Alcança". Material gravado em 2005 e inédito até hoje, essa foi a parte mais difícil de cortar do filme final. Homenagem a São João, o Santo de 24 de junho, dia da inauguração da exposição State of L3, em Amsterdam, em 2010.


http://www.youtube.com/watch?v=s900PsbFX6Y


quarta-feira, 5 de maio de 2010

"Creoulas", fotos de Beto Figueiroa (Canal03)





A Comunidade Quilombola de Conceição das Crioulas possui cerca de 700 famílias. O maior desafio enfrentado, como na maioria dos quilombos, é o acesso ao território. Os quilombolas de Conceição, só podem circular e usufruir de cerca de 30% dos 18 mil hectares da terra conquistada por lei, mas ainda não regularizada. É uma comunidade politicamente organizada, razoavelmente bem estruturada (luz elétrica e escola), mas falta emprego e renda. Fica a 42 quilômetros do centro de Salgueiro e existe há cerca de 200 anos.

Fotos: Beto Fiugueiroa

Texto: Felipe Peres Calheiros

domingo, 2 de maio de 2010

Karine Ancestral


Karine Mirelle decide homenagear seu Avô. Mais um Zé e um ancestral muito especial.

Também disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=x0FpZnmM87U

sábado, 1 de maio de 2010

"Até Onde a Vista Alcança" - fotos de Mateus Sá (Canal03)



Fotos: Mateus Sá (Canal03)
Documentário "Até Onde a Vista Alcança" (2007)

"Diaspora" - por Luca Barreto (Canal03)

Projeção de Fotos de Luca Barreto, imagens da Diaspora e de suas consequencias Culturais.

http://www.youtube.com/watch?v=NgcH6-eJDrA