Pernambuco exposto ao mundo
Publicado em 04.07.2010
State of L3 expõe na Holanda, Rodrigo Braga tem mostra na Bélgica e, em Lisboa, Kilian Glasner apresenta trabalho
Eugênia Bezerra
ebezerra@jc.com.br
Três exposições na Europa, inauguradas entre junho e julho, estabelecem diálogos entre Pernambuco e outros pontos do planeta, através da produção artística e de questões sócio-históricas. A Galeria 23, na Holanda, recebe o projeto State of L3, com artistas do Recife, Amsterdã e Dakar. Já Rodrigo Braga inaugurou ontem a mostra Mais força do que o necessário no In Flanders Fields Museum, da Bélgica. Em Lisboa, Kilian Glasner apresenta seu trabalho na Fundação Calouste Gulbenkian.
STATE OF L3
O State of L3 foi idealizado em 2005 pelo artista Antonio Guzman, para discutir a identidade africana (L3 é um gene presente nos descendentes africanos). Desde 2009, artistas da África, Europa e América produzem e trocam conteúdo pela internet. Há várias linguagens envolvidas, como vídeo, fotografia e música. Pernambuco entrou no projeto em 2008, quando o cineasta Felipe Peres Calheiros esteve em Roterdã para exibir o curta Até onde a vista alcança no festival CameraMundo. A produção no Brasil começou com o projeto Tem Preto na Tela, realizado com jovens da Nação Xambá, e hoje também conta com os fotógrafos Ana Lira, Beto Figueirôa, Luca Barreto e Mateus Sá (conheça a experiência pernambucana no www.l3brasil.blogspot.com).
A mostra do State of L3 participou da Bienal de Arte Contemporânea de Dakar e passará por outros espaços na Holanda e na Bélgica. “Contamos com convites para expor em São Paulo em 2011, mas entendemos que é fundamental levar o Estado de L3 para Recife também”, afirma Calheiros. Enquanto isso, eles continuam a produção: “Estudamos no Brasil a possibilidade de novos artistas entrarem, especialmente a juventude quilombola. E fora do Brasil pensamos em nos integrar ainda mais ao Senegal com um intercâmbio, com apoio de uma fundação holandesa. Está em construção também o convite para grupos de Portugal, Moçambique e Cabo Verde, através do Movimento Identidades da Universidade do Porto, para onde estou indo mostrar o projeto”.
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