Texto: http://alexandrelomilodo.blogspot.com/













Kipupa significa união, agregação de pessoas, associação de indivíduos em prol de algum objetivo, este termo também dá nome a uma cidade na República Democrática do Congo, que se formou pela agregação de refugiados da guerra civil para formarem um gigante quilombo de esperança e reconstrução de sua liberdade e identidade.
Malunguinho, vem do vocábulo Malungo que significa camarada, amigo, companheiro de bordo e de lutas, palavras pertencentes ao tronco lingüístico Kimbundo, língua falada em Angola, país de que vieram estes negros guerreiros. Malunguinho é o título dado aos líderes quilombolas pernambucanos que no século XIX fizeram ferver a capital, na luta por liberdade, reforma agrária e seus direitos. Este nome tabém é dado a Divindade patrona do culto da Jurema Sagrada, o Rei Malunguinho, que é caboclo, mestre e trunqueiro (Exú de jurema).
O KIPUPA Malunguinho nasce em 2006 do anseio de resgatar e dar visibilidade a nossas lideranças históricas negras/indígenas negadas pela historiografia oficial, a exemplo do líder negro Malunguinho e tantos outros, destacando o papel de Pernambuco na resistência negra no Brasil. Determinamos o mês de Setembro para realização anual do evento em homenagem ao ultimo líder do Quilombo do Catucá, o João Batista que teve sua data de morte comprovada a partir de documentos existentes no Arquivo Publico Estadual Jordão Emerenciano, em 18 de setembro de 1835.
Em 2007, nossa articulação, conseguiu aprovar a lei 13.298/07, a Lei Estadual da Vivêncai e Prática da Cultura Afro Pernambucana, a Lei Malunguinho, apresentada e aprovada pelo Deputado Isaltino Nascimento do PT, que institui no calendário oficial do Estado uma semana para atividades relacionadas à Maluguinho e a cultura que o cerca, em especial a Jurema.
O Quilombo Cultural Malunguinho, entidade idealizadora e realizadora do evento, implanta a partir da realização do I° Kipupa Malunguinho, ocorrido em setembro de 2006, um calendário permanente para comemorações e homenagens às lideranças negras históricas, fundando a trsdição do coco do Catucá, com diversos sacerdotes e sacerdotisas da Jurema e do candomblé, artistas, pesquisadores, políticos e estudiosos da cultura e das ciências humanas, além da comunidade onde acontece o vento.
O objetivo do evento é manter viva a memória e história dos líderes quilombolas, construindo o sentimento de pertencimento e reconhecimento nacional a estes líderes negros, através das discussões de temáticas sócios- educacionais e culturais, com a participação de sacerdotes e sacerdotisas da Jurema Sagrada, do Candomblé (Xangô), pesquisadores, estudiosos, mestres e mestras da cultura tradicional e popular, músicos e interessados, materializando em matas fechadas do antigo quilombo de Malunguinho uma possibilidade de imersão na vivência e prática na cultura afro indígena pernambucana, através de debate, ritual (liturgia da Jurema) e o grande coco da mata, com mestres de renome como Mestre Galo Preto, Mestra Eliza do Coco, Mestre Ze de Teté, entre outros que tem na tradição cotidiana o contato com nossas matrizes fundadoras da identidade nacional.
Todo evento é para homenagear e reconhecer Malunguinho, líder negro que elevou-se à divindade na Jurema Sagrada, assumindo a patente de Rei da Jurema, se firmando na tradição oral e teológica nordestina como defensor espiritual, posto este que o diferencia de Zumbi dos Palmares que não “baixa” nos terreiros, mas que os une enqunato personagens inprescindíveis nas lutas históriocas negras por liberdade no Brasil.
Nossa Felipe, que lindas fotos! Genial a da Lama cara, howww show de bola!! Parabéns e posta mais pro mundo ver!!
ResponderExcluirL'Omi.
nossas grandes reverencias ao grande rei! malunguinho com certeza é uma entidade muito especial e mereçe toda nossa homenagen, vcs estao de parabens, sao pessoas como vcs que nao podem deixar nossa cultura morrer
ResponderExcluirpai Rogerio de obá ayrá ybonã - Escada pe